O objetivo das terapias Nutrição parenteral (NP) e Nutrição enteral (NE) é bastante semelhante. Ambas são destinadas a nutrir o paciente a fim de prevenir ou tratar casos de desnutrição e suas complicações. A NE é composta por nutrientes que necessitam passar pelos processos de digestão e absorção para serem utilizados pelo organismo. Já a NP contém nutrientes prontos para serem utilizados pelo organismo, explica a nutricionista Erica Serra, do Departamento Científico da Prodiet Nutrição Clínica. A diferença básica entre as terapias de NP e NE é o tipo de acesso, sendo a primeira através de acesso venoso e a segunda por meio de sondas ou oral.
A sonda enteral é utilizada especificamente para a administração de alimentação, água e medicamentos. Somente pode ser feita por um profissional especializado, ou seja, enfermeiros ou médicos, em ambiente hospitalar. A escolha do acesso enteral deve ser baseada na condição clínica do paciente, estado da patologia, anatomia do trato gastrointestinal, motilidade gástrica e intestinal, estimativa do tempo de uso da terapia nutricional e também nos riscos pertinentes a terapia (Algoritmo ASPEN 2010). O acesso enteral engloba os seguintes tipos:
Sondas: São recomendadas por 3 a 4 semanas. A posição da sonda pode ser gástrica (Nasogástrica), duodenal e jejunal (Nasoentérica). A posição duodenal é indicada se houver gastroparesia (esvaziamento gástrico retardado) ou risco aumentado de broncoaspiração.
Ostomias: A indicação para ostomia ocorre quando a indicação de TNE (Terapia Nutricional Enteral) exceder a 4 semanas. Quando não há risco de aspiração o ideal é a gastrostomia e a jejunostomia é recomendada em casos onde há o risco de aspiração.
Fontes: Projeto Diretrizes, volume IX. Associação Médica Brasileira; Brasília, DF: Conselho Federal de Medicina, 2011.; Hospital Samaritano e Hospital de Clínicas da Universidade de Campinas (Unicamp)