Formulados para complementar a alimentação e suprir as necessidades nutricionais, os suplementos alimentares estão presentes em mais da metade dos lares brasileiros – 10% a mais desde o início da pandemia da Covid-19 segundo os dados da pesquisa “Hábitos de Consumo de Suplementos Alimentares no Brasil”, promovida pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD).
O aumento está relacionado à prevenção do adoecimento por meio do cuidado com a imunidade, somado à longa lista de benefícios tradicionalmente relacionados ao seu consumo: maior disposição, rendimento físico e longevidade. Mas é importante saber: apesar de serem vendidos sem receita, seu uso deve ser indicado e acompanhado por um nutricionista ou médico, sob o risco de não surtirem efeito ou até mesmo prejudicarem o organismo.
Confira o que são, para quem se destinam e quando devem ser consumidos.
O que são suplementos alimentares?
Compostos por elementos como proteínas, aminoácidos, carboidratos, vitaminas ou minerais, os suplementos alimentares podem ter objetivos diversos, como o emagrecimento (termogênicos), ganho de massa muscular (protéicos) ou de peso (hipercalóricos).
Uma única cápsula pode conter um ou uma combinação completa e personalizada de componentes, que não substituem uma alimentação balanceada, mas podem atender a necessidades nutricionais ou condições físicas específicas.
Para quem a suplementação alimentar é indicada?
Quem mantém um ritmo de vida corrido muitas vezes não consegue consumir a quantidade ou a qualidade da recomendação nutricional indicada para o seu objetivo. Nesse caso, os suplementos alimentares podem contribuir com a praticidade: costumam vir em formatos fáceis de carregar na bolsa, como cápsulas, sachês, pastilhas, líquidos ou granulados.
Além disso, cada fase da vida possui necessidades nutricionais específicas, que devem ser acompanhadas de perto. Na infância, por exemplo, nutrientes como cálcio, zinco, magnésio, ferro, vitaminas do complexo B, carboidratos e proteínas são fundamentais para o crescimento e desenvolvimento físico saudável.
Já na adolescência, o aporte energético adequado, além de proteínas, vitaminas, principalmente A, C e D, e minerais como ferro, cálcio e zinco são os protagonistas. Na fase adulta, os nutrientes mais importantes são: vitamina D, selênio, zinco e carboidratos.
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No caso dos idosos, a suplementação alimentar é ainda mais presente, por conta das alterações fisiológicas que potencializam a perda de massa, diminuem a capacidade de metabolização de proteínas e propiciam o surgimento da sarcopenia. Assim, vitamina D, cálcio, ferro e proteínas são essenciais para evitar doenças, lesões e garantir a qualidade de vida e a independência dos idosos.
Anêmicos e gestantes, por exemplo, fazem parte dos grupos com indicação médica para uso de suplementos, que garantem a complementação nutricional correta.
Cuidados no uso de suplementos alimentares
Para colher a longa lista de benefícios prometidos pelos suplementos alimentares e evitar qualquer tipo de complicação é importante seguir orientações profissionais, evitando o excesso de vitaminas e outras substâncias assim como a falta, já que podem prejudicar o fígado e os rins, causando intoxicação.
As indicações médicas também são valiosas na hora de consumir os suplementos pela questão da biodisponibilidade, que é a proporção do nutriente que será de fato absorvida e aproveitada pelo organismo. Ferro e cálcio, por exemplo, são considerados antinutrientes, ou seja, vão competir pelo mesmo local de absorção, não sendo recomendado que sejam ingeridos em uma mesma refeição. Ao contrário da combinação de ferro e vitamina C, que quando consumidos juntos, potencializam a absorção do ferro no organismo.
E você, já utiliza suplementos? O que acha?
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