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Aspen 2019: Cirurgia Metabólica

E no primeiro texto especial da Aspen 2019 aqui no nosso blog, vamos falar um pouco sobre a cirurgia metabólica. Confira abaixo:

A obesidade atingiu proporções epidêmicas e está relacionada a inúmeras complicações metabólicas, incluindo diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, neuropatia e câncer, além de ser uma das doenças crônicas com maiores custos envolvidos. Fazendo paralelo com dados que observamos no Brasil, a última pesquisa publicada do Vigitel aponta que a frequência de adultos obesos foi de 18,9%, ou seja, 1 a cada 5 brasileiros está obeso.

Existem diferentes abordagens terapêuticas na obesidade, como a baseada no comportamento (reeducação alimentar, aumento da atividade física, mudança do estilo de vida), medicamentos (como supressores de apetite), e cirurgia. Os procedimentos gastrointestinais são coletivamente referidos como cirurgia bariátrica, a qual pode proporcionar perda de peso substancial e sustentável em indivíduos com obesidade, ou cirurgia metabólica, quando a intenção é a redução do risco cardiometabólico.

As evidências em favor dos procedimentos metabólicos sugerem a resolução das principais comorbidades, incluindo síndrome metabólica, esteatose hepática, nefropatia e apneia obstrutiva do sono. Além disso, tem benefícios significativos sobre os fatores de risco cardiovasculares, incluindo hipertensão, diabetes e hiperlipidemia, risco reduzido de infarte do miocárdio, acidente vascular encefálico e mortalidade. Evidências de alta qualidade, de estudos randomizados controlados, mostram a superioridade do tratamento cirúrgico para melhorar o controle glicêmico e alcançar a remissão do diabetes. Frente as evidências benéficas destes procedimentos, Jeffrey I. Mechanick trouxe no curso pré-congresso a discussão sobre procedimentos metabólicos baseados em complicações e não IMC, trazendo as evidências que fundamentaram o posicionamento conjunto das Organizações Internacionais de Diabetes, em 2016, para inclusão da cirurgia metabólica entre intervenções antidiabetes para pessoas com DM2 e obesidade.

Neste sentido, fazendo novamente o paralelo com o Brasil, destacamos que desde dezembro de 2017, o Conselho Federal de Medicina reconheceu a cirurgia metabólica como opção terapêutica para pacientes portadores de DM2 que tenham IMC entre 30 kg/m2 e 34,9 kg/m2, desde que a enfermidade não tenha sido controlada com tratamento clínico. Mechanick trouxe a novidade de que uma atualização das Diretrizes de Prática Clínica para o Suporte Perioperatório Nutricional, Metabólico e Não Cirúrgico do Paciente de Cirurgia Bariátrica será lançada ainda este ano, com participação de 5 sociedades, e que um dos tópicos que podemos esperar é a discussão do suporte após a cirurgia no longo prazo. O assunto obesidade rendeu mais algumas palestras no curso pré-congresso, focando justamente na mudança de estilo de vida, envolvendo alimentação e atividade física, como essenciais no combate não somente a obesidade, como comorbidades.


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