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Câncer de rim: diagnóstico precoce determina sucesso do tratamento

26 de março de 2019
Prodiet Medical Nutrition

Doença acomete mais de 300 mil pessoas por ano no mundo

Segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), seis mil novos casos de câncer de rim surgem por ano no Brasil. Apesar de não ser um dos tipos mais comuns de câncer, 40% da população têm diagnóstico tardio da doença, já manifestando sinais das metástases – ou seja, quando a doença já se espalhou para outras partes do corpo. Isso porque, nas fases iniciais, ele não costuma causar sintomas. Muitas vezes, o diagnóstico é feito quando a lesão atinge 10 cm de diâmetro ou mais. Outras vezes, são descobertos acidentalmente durante a realização de exames de check-up (como, por exemplo, em uma ultrassonografia do abdômen).

Quando o câncer está em estado avançado com envolvimento de outros órgãos, os sintomas mais comuns são:
No mundo inteiro, aproximadamente 337 mil novos casos de câncer de rim foram diagnosticados em 2017. A distribuição entre os sexos é de que surge em 2 homens para cada mulher. A América Latina está na quinta colocação em relação à incidência do câncer de rim, ficando atrás da América do Norte, Europa, Oceania e Ásia.

Causas

Por algum motivo, células do rim perdem sua função original e começam a se multiplicar aceleradamente. Aos poucos, elas vão tomando conta do órgão e podem até se espalhar para outros órgãos. De forma geral, não está claro quais são as suas causas. Alguns estudiosos da comunidade científica associam o câncer de rim com a síndrome plurimetabólica, na qual o organismo como um todo sofre os efeitos crônicos de uma vida sedentária, obesidade, estresse emocional, sono de baixa qualidade, alimentação pobre em antioxidantes e rica em carne animal. Esse quadro mantém níveis cronicamente elevados de cortisol, que é um potente inibidor do sistema de imunidade do corpo, o que favorece a multiplicação descontrolada das células do câncer.

Diagnóstico

A maioria dos casos de câncer de rim tem cura com um diagnóstico precoce. Mas como detectá-lo cedo se nem sempre ele dá sinais? O ideal seria incluir nos checkups um ultrassom abdominal em pessoas que têm fatores de risco, como histórico familiar, hipertensão, tabagismo, obesidade ou doença renal crônica.

Prevenção

A recomendação geral é basicamente seguir um estilo de vida que afasta a pressão alta e o ganho de peso. Alimentação adequada e exercícios físicos são ótimos nesse sentido, sem contar o cigarro, que deve ser mantido longe. O acompanhamento médico é outra forma de, pelo menos, diagnosticar a doença cedo.

Tratamento

A cirurgia é o único tratamento definitivo para o câncer de rim. A nefrectomia radical, que é a retirada do rim, da glândula adrenal e de linfonodos regionais, é o tratamento tradicional e mais indicado para casos de tumores que se originam nos rins.

Nos últimos anos, muito se evoluiu em procedimentos de diagnóstico e nas técnicas de cirurgia, que podem ser minimamente invasivas, como: laparoscopia, cirurgia robótica, crioterapia e radiofrequência. Com isso, é possível remover apenas o tumor com uma margem de segurança, em vez de a remoção completa do rim comprometido, preservando a maior quantidade possível de tecido saudável e funcionante.

A nefrectomia parcial laparoscópica é feita por meio de pequenas incisões e com o auxílio de câmeras, e oferece os mesmos índices de cura da cirurgia convencional. A partir do ano 2000, também houve o aumento na utilização e incorporação da cirurgia robótica para o tratamento do câncer de rim. A plataforma permite ao cirurgião um maior controle dos instrumentos de precisão durante a operação, além de favorecer a visão em três dimensões do campo cirúrgico e a reconstrução de tecidos com menor trauma. No Brasil, alguns centros especializados já disponibilizam esta tecnologia.

Tratamento para casos avançados

Recentemente, em janeiro de 2019, pacientes com tumores renais avançados ganharam duas novidades para enfrentar a doença no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso combinado dos remédios ipilimumabe e nivolumabe, e a medicação cabozantinibe, para o tratamento de tumores renais metastáticos – quando já se espalharam para outros órgãos.

Os dois primeiros estimulam as nossas próprias células de defesa a atacarem o câncer. Esse tipo de estratégia é conhecido como imunoterapia e faz parte de uma verdadeira revolução recente na oncologia. No estudo que justificou a sua liberação, a união desses fármacos diminuiu a probabilidade de morte em 37% entre pacientes com tumor renal avançado que não haviam sido tratados anteriormente.

Já o cabozantinibe, integra uma linha de tratamento batizada de terapia-alvo, que ataca pontos específicos do câncer responsáveis por seu desenvolvimento. Na pesquisa que garantiu sua aprovação, ele garantiu uma queda de 52% no risco de progressão da doença em pacientes avançados que não haviam sido tratados antes.


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Referências

https://www.minhavida.com.br/saude/temas/cancer-de-rim
https://saude.abril.com.br/medicina/sus-oferecera-mais-dois-remedios-para-cancer-de-rim/
https://saude.abril.com.br/medicina/cancer-de-rim-ganha-destaque-em-o-outro-lado-do-paraiso/

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