Nas últimas décadas, a OMS (Organização Mundial da Saúde) e o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) vêm intensificando o trabalho de sensibilização e informação sobre a importância do aleitamento natural para a saúde de mães e filhos sob o ponto de vista nutricional, imunológico e psicossocial. Esse esforço se concentra principalmente entre 1º e 7 de agosto, quando se celebra a Semana Mundial da Amamentação.
Além dos benefícios psicológicos proporcionados pelo reforço do vínculo entre mãe e bebê, que têm impacto especialmente positivo na formação da personalidade do indivíduo, a amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida está relacionada ao fortalecimento do sistema imunológico da criança. O leite materno pode evitar diarreia, doenças respiratórias como pneumonia, bronquite e gripe, infecções urinárias e do trato intestinal, otite e outras infecções.
Um estudo realizado na África do Sul em 2009 demonstrou a possibilidade de o aleitamento materno exclusivo proteger as crianças contra a transmissão vertical do HIV, já que filhos de mães soropositivas que foram exclusivamente amamentados tiveram menor chance de infecção pelo vírus aos três meses, quando comparadas com bebês parcialmente amamentados.
Mas as vantagens não se restringem à saúde nos primeiros meses de vida. Adultos que foram amamentados quando bebês têm menos risco de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes, disfunção neurológica e câncer devido à ação imunomoduladora do leite materno. Alguns estudos ainda demonstraram a relação entre a amamentação e o aumento na habilidade cognitiva e desempenho escolar.
Fontes:
1. Guia Alimentar para Crianças Menores de 2 Anos Ministério da Saúde e OPAS (Organização Pan Americana da Saúde)
2. Amamentação natural como fonte de prevenção em saúde Leonardo dos Santos Antunes; Lívia Azeredo Alves Antunes; Marcos Paulo Fonseca Corvino; Lucianne Cople Maia. Faculdade de Odontologia, UFF /Universidade Federal do Rio de Janeiro.
