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A alimentação de pacientes com fibrose cística

O tratamento de pessoas com fibrose cística apresenta uma série de rotinas que devem ser seguidas com disciplina pelo paciente, bem como por seus familiares, para garantir sua eficiência. Quanto à alimentação, os cuidados envolvem uma dieta especial – hipercalórica, hiperproteica e hiperlipídica – além do consumo de suplementos nutricionais. Por isso, a atuação do nutricionista na equipe multiprofissional de atendimento a pacientes com fibrose cística é fundamental, tanto para acompanhamento da evolução do quadro clínico quanto para orientação dos familiares que, em geral, ficam sujeitos ao mesmo cardápio indicado para pacientes, rico em calorias e gorduras.

“No atendimento, é necessário registrar o dia alimentar da criança, conhecer a rotina da família, para entender as particularidades de cada paciente e ter condições de traçar um plano alimentar compatível com sua realidade”, afirma a nutricionista clínica Eliana Barbosa. Ela é membro da equipe multidisciplinar de atendimento a pacientes com fibrose cística do Hospital Infantil Joana Gusmão, em Florianópolis, que é Centro de Referência em Santa Catarina.

Ao analisar os hábitos alimentares dos pacientes e das famílias, Eliana se depara com situações alheias ao universo do tratamento da doença, mas que interferem decisivamente em seus resultados. As peculiaridades dos hábitos alimentares nas diferentes regiões do país, a oferta da merenda nas escolas públicas e a própria história da família – suas crenças e costumes – são estudadas e incorporadas à dieta do paciente, respeitando suas necessidades nutricionais. “Por isso a importância do diagnóstico precoce. Quanto antes for identificada a doença, mais efetiva tende a ser a nossa intervenção, por conseguirmos construir os hábitos alimentares do paciente”.

Embora rica em calorias, proteínas e gordura, a dieta de pacientes com fibrose cística não costuma acarretar a incidência de outras doenças comumente relacionadas ao consumo excessivo destes nutrientes, como a obesidade, que é rara nestes casos. Ao contrário, a maior preocupação das equipes multidisciplinares é com o baixo peso, que pode ser um indicativo de maior exposição do paciente a infecções, sobretudo pulmonares. Daí o cuidado em manter o Índice de Massa Corporal (IMC) mais próximo do ideal.

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