Após indicar limites diários de consumo de sal para os adultos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou, pela primeira vez, limites para o consumo diário de sódio para crianças. De acordo com as novas diretrizes da entidade, o limite de menos de 2 g de sódio (ou 5 g de sal) deve ser ajustado para meninos e meninas de 2 a 15 anos de idade. Para ter uma ideia, um único lanche com hambúrguer, queijo, catchup, maionese mais um copo de refrigerante chegam muito perto dessa cota diária.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, entre 6 e 8% das crianças brasileiras já são hipertensas. A questão é que muitas delas e, claro, seus pais ignoram o problema. “Ele é o famoso assassino silencioso. Uma minoria dos pacientes apresenta sintomas, seja criança, seja adulto”, afirma o nefrologista Dante Giorgi, do Instituto do Coração de São Paulo.
A pressão alta na infância tem uma associação significativa com o mesmo problema na vida adulta, o que significa um maior risco de doenças ligadas à hipertensão, como as cardiovasculares, segundo a OMS. Por isso a importância da atenção precoce ao problema.
A orientação para os pais é retardar e reduzir a oferta dos industrializados à meninada, tirar o saleiro da mesa e servir de modelo. São medidas que contribuem para criar um garoto que não vai depender tanto das pitadas de sódio para sentir prazer à mesa e ter uma pressão controlada.
Veja o ranking com os alimentos preferidos das crianças, e descubra de onde vem o sódio e em que quantidade: