Várias funções são atribuídas ao sono. A hipótese mais simples, de acordo com a Associação Brasileira do Sono (ABS), é a de que ele se destina à recuperação pelo organismo de um possível débito energético estabelecido durante a vigília. Além dessa hipótese, outras funções são atribuídas, especialmente ao sono REM fase em que ocorrem os sonhos, tais como: manutenção da homeostase, dos neurotransmissores envolvidos no ciclo vigília-sono, consolidação da memória, termorregulação entre outras.
Dormir bem é essencial não apenas para ficar acordado no dia seguinte, mas, para manter-se saudável, melhorar a qualidade de vida e até aumentar a longevidade. Nosso desempenho físico e mental está diretamente ligado a uma boa noite de sono. O efeito de uma madrugada em claro é semelhante ao de uma embriaguez leve: a coordenação motora é prejudicada e a capacidade de raciocínio fica comprometida, ou seja, sem o merecido descanso o organismo deixa de cumprir uma série de tarefas importantíssimas.
Atualmente, existem mais de 90 distúrbios de sono catalogados na Classificação Internacional dos Distúrbios do Sono (International Classification of Sleep Disorder ICSD 2005). De acordo com a médica psiquiatra e neurofisiologista Gisele Minhoto, membro da ABS, a insônia é uma das mais frequentes e também das mais conhecidas, que atinge cerca de 40% da população. Outras também comuns são a síndrome da apneia obstrutiva do sono, síndrome das pernas inquietas, que está muitas vezes associada com movimento periódico de membros, e os distúrbios do ritmo circadiano, comenta.
Segundo a médica, os tratamentos podem variar conforme o quadro, a gravidade e os fatores associados a eles. Por exemplo, na insônia é necessário verificar entre outras informações se existem hábitos inadequados que possam estar atrapalhando o sono, ou até mesmo perpetuando o quadro de insônia, como uma alimentação inadequada, explica. Veja, a seguir, algumas orientações para não deixar que a alimentação atrapalhe seu sono: