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Medicamentos para emagrecer. Sim ou não?

Em 2011, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) havia proibido remédios do grupo dos derivados das anfetaminas, usados para emagrecer. Porém, no último dia 2 de setembro, o Senado Federal revogou a decisão e liberou a venda dos medicamentos.

De acordo com o médico endocrinologista Henrique Suplicy, professor de Endocrinologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e membro da Associação Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), as anfetaminas agem em uma região do cérebro chamada hipotálamo, que controla a fome, diminuindo o apetite. Já a Sibutramina, outro medicamento utilizado para o mesmo fim e que tem venda liberada no Brasil com receita especial, age também no centro da fome e na sensação de saciedade após a refeição. “Ainda existem o que chamados de ‘off-label’, que não têm indicação para emagrecimento, mas podem ter como efeito colateral a diminuição do apetite, como alguns antidepressivos”, explica.

Segundo o médico, há ainda as fórmulas prontas, vendidas de forma indiscriminada, com diuréticos, laxantes e hormônios da tireoide para acelerar o metabolismo. “São fórmulas extremamente prejudiciais à saúde, que podem causar, entre outros efeitos, hipertireoidismo, e de maneira alguma devem ser ingeridas sem a orientação médica. Além disso, qualquer remédio com fim emagrecedor deve ser tomado por pessoas com IMC acima de 30 [Para calculá-lo, basta dividir o peso pela altura ao quadrado]. Ou seja, para quem é obeso de verdade”, alerta.

Ainda, de acordo com o endocrinologista, os remédios são indicados apenas quando o paciente já tentou outras formas de emagrecer, como dietas e exercícios físicos e não obteve sucesso. Outra indicação é para pessoas com doenças crônicas relacionadas à obesidade, como diabetes e hipertensão arterial. “A obesidade é uma doença crônica, que aumenta a mortalidade e acarreta outras doenças sérias. Se um paciente se beneficia com a medicação, a indicação é que faça um tratamento medicamentoso, mas sempre acompanhado de um especialista”, finaliza.

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