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Dietoterapia na Doença de Crohn

28 de agosto de 2015
Prodiet Medical Nutrition

A Doença de Crohn é uma disfunção inflamatória do trato gastrointestinal que afeta predominantemente a parte inferior do intestino delgado (íleo) e intestino grosso (cólon). A enfermidade inicia-se mais frequentemente na segunda e terceira décadas de vida.

O intestino acumula uma série de tarefas essenciais, entre elas, a nobre função de absorver nutrientes e eliminar toxinas:

De acordo com a nutricionista Clarissa Espíndola Gomes, pós graduada em Nutrição Clínica pela Universidade Gama Filho, a alimentação equilibrada é fundamental para a saúde em geral contudo, na Doença de Crohn ela se torna ainda mais importante, visto a depleção aumentada de nutrientes.

Para amenizar o efeitos da doença, Clarissa aconselha que o paciente deve sempre buscar uma alimentação variada com boa qualidade proteica, tendo equilíbrio entre os carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais.

Não há uma dieta específica para prevenir ou tratar a doença de Crohn entretanto, algumas pessoas têm os sintomas diminuídos quando priorizam os alimentos a seguir:

– Carnes magras (sem gordura aparente ou pele);

– Leite isento de lactose (quando há intolerância);

– Pão francês e de forma, broa de milho, torradas e bolachas simples;

– Frutas: banana maçã, maçã sem casca (podem ser cozidas);

– Legumes cozidos;- Batata, aipim, inhame cozidos;

– Leguminosas somente o caldo (feijão, lentilha, ervilha e grão de bico);

– Doces dietéticos;- Ovo: cozido, pochê, omelete;

– Cereais: arroz branco, macarrão com molho sem condimento e gordura;

– Temperos: sal, temperos naturais (cebolinha, salsinha) e vinagre (sem excesso);

– Bebidas: água e chás claros.

Clarissa também considera importante evitar alimentos ricos em gordura saturada, excess
o de lactose, fibra, açúcar em grande quantidade e condimentos. Segue alguns exemplos:

–  Leite integral, leite condensado, creme de leite, queijos amarelos, parmesão e roquefort;

– Embutidos;

– Manteiga e margarina;

– Verduras folhosas;

– Mamão, pera, laranja e ameixa;

– Condimentos picantes (pimentas, mostarda, catchup, páprica);

– Chocolate, balas, geléias, mel.

Uma alimentação equilibrada deve suprir as necessidades porém, em algumas condições clínicas, as necessidades são muito elevadas e/ou a absorção está comprometida principalmente de vitamina D e as vitaminas do complexo B (frequentemente B12 e ácido fólico).

Para pacientes com alta atividade da doença de Crohn ou atividade contínua têm maior risco de deficiência de vitamina D e menor densidade óssea. O uso de corticoide se torna um fator de risco adicional para essa condição. Essa vitamina e a densidade óssea devem ser regularmente controlados. Existe também a necessidade de realizar suplementação.

Quanto às vitaminas do complexo B, com ênfase na vitamina B12 e ácido fólico, a suplementação pode ser necessária em pessoas com íleo terminal que apresentem doença ativa ou quando este segmento foi ressecado. Além disso, durante a terapia com sulfassalazina, a absorção de vitamina B12 e ácido fólico encontra-se inibida, sendo necessária a suplementação. Para evitar as crises de intestino, a nutricionista clínica hospitalar Clarissa Gomes enumera 5 dicas importantes para uma alimentação saudável:

1. Realize de 5 a 6 refeições/dia (3 lanches e 2 refeições principais – em pequenos volumes;

2. Coma com calma, mastigue devagar em ambientes tranquilos;3. Troque o açúcar por adoçante;

4. Consuma em média 2 litros de água durante o dia, de preferência entre as refeições;

5. Evite preparações com muito óleo. Opte por assados, cozidos e grelhados.

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Dieta enteral ou oral, nutricionalmente completa, oligomérica, normocalórica (1.0 Kcal/ml) e hiperproteica, com 100% proteína hidrolisada do soro do leite, com TCM e adição de glutamina. Isenta de sacarose, lactose e glúten. Indicação: Desordens disabsortivas,  diarreia crônica, má absorção, síndrome do intestino curto, desmame de nutrição parenteral, retardo no esvaziamento gástrico.

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