Proteína hidrolisada do arroz: nutricionista explica por que ela é considerada uma ótima alternativa a alérgicos, veganos, idosos e atletas.
Já falamos diversas vezes no nosso blog sobre a importância da ingestão adequada de todos os macronutrientes, principalmente da proteína, um nutriente muito importante para evitar a desnutrição, condição que pode agravar o quadro clínico de pacientes que têm algum problema de saúde.
Mesmo para as pessoas saudáveis, existe uma quantidade diária de proteínas que deve ser ingerida, variando com a idade e atividade física. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ingestão diária mínima do macronutriente deve ser de mínimo 0,8 grama por quilo de peso, para um adulto se manter saudável e no mínimo 1 grama para idosos, quantidade esta que dependerá da condição de cada indivíduo.
As proteínas são encontradas em diversos alimentos, de origens animal e vegetal. Porém, existe uma parcela da população que não pode ingerir determinados tipos desse nutriente, como alérgicos e veganos, ou ainda aqueles que necessitam de uma quantidade maior de proteína, como atletas, idosos e doentes crônicos.
De acordo com a nutricionista Andrea Pereira, da TNC Gan, a proteína hidrolisada do arroz é uma excelente alternativa em relação às proteínas de origem animal para diferentes grupos populacionais e, o fato de ser hidrolisada, lhe confere a vantagem de ter melhor aproveitamento pelo organismo. “Trata-se de uma proteína de origem vegetal, quebrada ou hidrolisada por processo enzimático, o que confere rápida absorção e hipoalergenicidade. Ela tem sido estudada extensivamente como uma alternativa de fonte proteica a diversas condições clínicas e de saúde”, explica.
Segundo Andrea, os primeiros estudos que mostraram os benefícios da proteína de arroz na alergia alimentar são de década de 1990, como tratamento alternativo e eficaz na remissão dos sintomas de alergia à proteína do leite de vaca; ao leite de outros mamíferos e nas alergias múltiplas cruzadas (condição em que ocorre alergia à dois ou mais tipos de proteínas , como, por exemplo, ao leite de vaca e à soja).
Existem casos onde a proteína do arroz atua como complemento proteico para a alimentação materna, no caso das lactantes. Nessas situações, estão as mães que seguem dieta de exclusão de alimentos com proteína do leite de vaca para poder amamentar filhos com alergia não IGE mediada. Nestes casos, a proteína hidrolisada do arroz tem um papel fundamental por ser uma fonte de proteína alimentar hipoalergênica.
Entretanto, de acordo com a nutricionista, a proteína do arroz não é importante somente nas alergias, valendo destacar sua vasta importância como fonte alternativa de proteína vegetal para os idosos; pessoas com doenças crônicas, como diabéticos; doentes renais, que precisam de uma fonte proteica de boa digestibilidade e rápida utilização; para melhorar o desempenho de atletas; e para vegetarianos e veganos.
“Atualmente, sabemos que a proteína do arroz está chegando ao mercado brasileiro ganhando cada vez mais espaço por ser uma fonte rica em aminoácidos essenciais”, explica Andrea. Segundo a profissional, os aminoácidos essenciais, principalmente os BCAAs (Valina, Leucina e Isoleucina) são fundamentais para o aumento da síntese proteica, contribuindo para as funções neurais e regulação de glicose e insulina. “Dentre os BCAAs, a Leucina é capaz de estimular a síntese de massa muscular, além de melhorar significativamente o balanço proteico de indivíduos após treinos de exaustão, agindo, assim, de maneira direta na regeneração das fibras musculares”, acrescenta.
Já sobre o uso da proteína do arroz como suplementação para atletas, em 2013, foi publicado no Nutrition Journal um estudo com o uso da suplementação de 48g proteína de arroz e de 48g whey protein, após treino de força, 3 vezes por semana durante 8 semanas. “O estudo concluiu que os dois tipos de proteína aumentam a massa muscular e melhoram a performance esportiva em indivíduos que treinam”, assinala a nutricionista da TNC Gan.
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Referências:
https://www.bsaci.org/Guidelines/DRACMAguidelines1.pdf
http://www.who.int/nutrition/publications/pressrelease32_pt.pdf?ua=1