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Água mineral: é tudo igual?

11 de setembro de 2014
Prodiet Medical Nutrition

Até certo ponto da vida, as únicas informações que você possui sobre a água são de que ela é insípida, inodora e incolor. Ou seja, não tem gosto, não tem cheiro e não tem cor. Mas com o tempo, a preocupação com os demais nutrientes presentes em sua composição se desperta e você percebe que água não é tudo igual.

Nas águas minerais, por exemplo, é possível encontrar quantidades diferenciadas de sódio, cálcio, potássio e até mesmo verificar o potencial hidrogênico (pH) que ela possui. Todos os componentes, de alguma forma, são benéficos ao organismo. Mas, se ingeridos em excesso, também podem ser prejudiciais à saúde.

Em relação ao sódio, por exemplo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estipula que o nível máximo recomendado é de 600mg/l. Nas mais diversas marcas vendidas pelo país, este número pode variar de pouco mais de 0mg/l até ultrapassar os 100mg/l. Bem abaixo do que estipula o órgão sanitário.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê um consumo de 2.000mg de sódio por dia, logo, os números acima devem ser considerados em sua dieta. De acordo com Anna Roberta Muffone, nutricionista e especialista em Nutrição Clínica e Funcional, o mineral, mesmo com níveis baixos e sem apresentar risco à saúde, requer a atenção de pessoas que têm dieta com restrição de sódio.

A profissional alerta ainda para o cuidado com o pH existente na água. “As que apresentem potencial hidrogênico abaixo de 5,5 são consideradas muito ácidas e podem agravar quadros de sensibilidade estomacal, como gastrite e refluxo”, explica. Por outro lado, afirma que um pH acima de 7 pode contribuir para formação de pedras nos rins e recomenda que o valor ideal esteja entre 6 e 7.

Contudo, nada disso deve servir de desculpa para deixar de beber água. Anna reforça a indicação de que se deve ingerir cerca de dois litros de água por dia. “Ela permite o equilíbrio de diversas funções no organismo, como a melhora do ritmo metabólico e o funcionamento intestinal. É essencial para drenagem linfática e eliminação de toxinas, lubrificação das articulações e prevenção de várias doenças crônicas”, conta.

Para os mais esquecidos, já existem aplicativos para smartphones que lembram de beber água, além de trazerem dados sobre o consumo ideal para cada indivíduo. Logo, mesmo com esses pequenos alertas e restrições, o líquido ainda é o mais saudável que existe e pode ser ingerido à vontade. Portanto, ainda não chegamos ao ponto de ser feita uma tempestade em copo d’água.

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