O Dia Mundial da Saúde (7 de abril), criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1948, é uma tentativa de conscientizar a população para evitar as principais doenças que podem atingir o bem-estar e a saúde física e emocional. Este ano, o tema escolhido foi hipertensão, que é o principal fator de risco de morte no mundo, segundo a entidade.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, a hipertensão arterial atinge cerca de 22,7% dos brasileiros, e cresce à medida que a população envelhece. Segundo o médico cardiologista Carlos Alberto Machado, diretor da Promoção da Saúde Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia, 95% dos casos são de hipertensão primária. São pessoas que já têm uma herança genética para o problema e desenvolvem a doença pelo estilo de vida que levam. Já a secundária, é aquela desenvolvida por outras comorbidades, como alguns problemas cardíacos e renais, explica.
Portanto, a hipertensão é uma doença evitável e controlável. Mesmo que os pais sejam hipertensos e a criança tenha esta herança genética, se, desde cedo, ela tiver um estilo de vida saudável ingerir pouco sal, alimentar-se equilibradamente, praticar exercícios físicos e estar dentro do peso normal -, e mantiver isso na vida adulta, além de não ingerir bebida alcóolica e não fumar, as chances são quase nulas do desenvolvimento da hipertensão, conclui.
Para o médico, o importante é o que a OMS denominou de conheça os seus números, ou seja, uma pessoa deve ter pressão abaixo de 140/90 mmHg (ou 14 por 9). Igual ou acima, ela já é considerada hipertensa e exige mudança de hábitos e tratamento. A hipertensão é uma doença crônica e silenciosa. Há cerca de 30 milhões de adultos hipertensos no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. Destes, metade não sabe. Os 15 milhões que sabem não se tratam e, destes, apenas a metade consegue manter a pressão controlada. Como o paciente não tem sintoma, é muito difícil convencê-lo a fazer uma mudança de vida, conclui.
O objetivo do Dia Mundial da Saúde de 2013 é reduzir o número de infartos do miocárdio e acidentes cerebrovasculares decorrentes da pressão alta, conscientizando as pessoas sobre as causas e consequências da hipertensão, a importância do controle periódico da pressão arterial, além de aumentar o número de centros de saúde para realização de controle de pressão arterial.
